No corredor da empresa, duas pessoas conversam sobre o recente acontecimento:
- “O Renato foi mandado embora.”
- “Nossa! Serio? Já foram 3, só
essa semana!”
Ambos ficaram um tempo em silêncio.
Internamente uma mistura de dois sentimentos. O primeiro de felicidade por não terem
sido eles os demitidos. O segundo de angústia porque sabiam que o cerco estava
se fechando.
Renato tinha 45 anos. Era um funcionário mediano. As verdadeiras razões que o levaram a ser despedido nunca foram totalmente conhecidas. Isso é comum nas empresas. Talvez tenha sido uma imposição da diretoria devido a uma necessidade de redução nos custos do setor, baixa carga ou mesmo algum desentendimento com o chefe.
Renato tinha 45 anos. Era um funcionário mediano. As verdadeiras razões que o levaram a ser despedido nunca foram totalmente conhecidas. Isso é comum nas empresas. Talvez tenha sido uma imposição da diretoria devido a uma necessidade de redução nos custos do setor, baixa carga ou mesmo algum desentendimento com o chefe.
Um pouco mais tarde Renato passa
nas mesas das pessoas mais próximas se despedindo com um sorriso sem graça no
rosto e os olhos úmidos.
- “Ate mais e obrigado por
tudo...”, dizia Renato, entre outras coisas.
- “Que isso? Não foi nada. Boa
sorte e mantenha o contato”, respondiam as pessoas sem saberem exatamente o que
dizer e sem graça por não se sentirem merecedores dos agradecimentos.
Após a passagem de Renato, as
pessoas se encaram cerrando os lábios e levantando as sobrancelhas num tom de
lamentação. Algumas arriscam um palpite para o seu desligamento, outros tecem
comentários revoltosos se referindo a tamanha injustiça.
Mais tarde, todos recebem um
email de despedida composto de agradecimentos aos colegas e a empresa, uma
reflexão poética e os contatos pessoais, numa tentativa de manter as portas da empresa
abertas.
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