segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ainda sobre as demissões


O medo de ser demitido é sem duvida a principal preocupação dos profissionais do setor privado. Por mais que não se goste do que faz, o dinheiro que vem no final do mês é importante para pagar as contas, consumir, alimentar os filhos, entre infinitas outras coisas. Como viver em paz então sabendo que o fantasma da demissão pode aparecer a qualquer momento?

Abaixo quatro sugestões para te ajudar a lidar com esse fantasma!

1) Evite ser demitido

Pode parecer obvio, mas muita gente faz corpo mole no serviço, reclama pelos corredores e parece não gostar do que faz. Deixe a hipocrisia de lado e se entregue de cabeça ao trabalho. Seja grato por estar empregado. Trabalhe bem, contribua para o bem da empresa, seja pontual e confiável. De alguma forma você precisa dela, caso contrario você não gastaria suas horas de sol lá!

2) Mantenha sua empregabilidade em alta

Mantenha seu currículo atualizado, tenha uma boa rede de contatos e um plano B engatilhado. Faça cursos, de palestras, estude, leia. Mesmo seguindo a dica numero 1 pode ser que você seja demitido e dessa forma encontrara uma recolocação rapidamente. 

3)  Tenha uma vida financeira saudável

Gaste menos do que ganha. Mantenha uma poupança com o valor de pelo menos 6 (seis) vezes os seus gastos mensais. Isso te ajudara a manter seu padrão de vida por 6 (seis) meses enquanto estiver desempregado. Tente ter uma uma renda a mais alem do seu trabalho.

4) Crie sua própria fonte de renda

Saber que você é capaz de criar renda sem depender de um patrão traz uma segurança. A fonte de renda pode vir da compra e venda de alguma coisa, da abertura de uma pequena loja, de uma franquia ou da venda de comida na rua. Se você não tem um capital inicial para investir, ofereça seus serviços de limpeza, de consultoria, de cozinheiro, de costura, de manutenção de computadores, enfim, use sua criatividade e seja livre. O Sebrae e a revista Pequenas Empresas Grandes Negócios pode te ajudar nesse processo.


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Das Demissões



No corredor da empresa, duas pessoas conversam sobre o recente acontecimento:

- “O Renato foi mandado embora.”

- “Nossa! Serio? Já foram 3, só essa semana!”

Ambos ficaram um tempo em silêncio. Internamente uma mistura de dois sentimentos. O primeiro de felicidade por não terem sido eles os demitidos. O segundo de angústia porque sabiam que o cerco estava se fechando.

Renato tinha 45 anos. Era um funcionário mediano. As verdadeiras razões que o levaram a ser despedido nunca foram totalmente conhecidas. Isso é comum nas empresas. Talvez tenha sido uma imposição da diretoria devido a uma necessidade de redução nos custos do setor, baixa carga ou mesmo algum desentendimento com o chefe. 

Um pouco mais tarde Renato passa nas mesas das pessoas mais próximas se despedindo com um sorriso sem graça no rosto e os olhos úmidos.

- “Ate mais e obrigado por tudo...”, dizia Renato, entre outras coisas.

- “Que isso? Não foi nada. Boa sorte e mantenha o contato”, respondiam as pessoas sem saberem exatamente o que dizer e sem graça por não se sentirem merecedores dos agradecimentos.

Após a passagem de Renato, as pessoas se encaram cerrando os lábios e levantando as sobrancelhas num tom de lamentação. Algumas arriscam um palpite para o seu desligamento, outros tecem comentários revoltosos se referindo a tamanha injustiça.

Mais tarde, todos recebem um email de despedida composto de agradecimentos aos colegas e a empresa, uma reflexão poética e os contatos pessoais, numa tentativa de manter as portas da empresa abertas.