sábado, 11 de julho de 2015

A Empresa Perfeita


A empresa perfeita era enxuta e todos os funcionários sabiam exatamente qual era o seu papel dentro da organização. Nela trabalhavam somente pessoas motivadas e qualificadas para exercerem suas funções. O organograma era simples e funcional. Composto somente das áreas estritamente necessárias para o seu funcionamento, era conhecido e entendido por todos.

Os horários de entrada e de saída eram flexíveis. Era permitido sair no meio do expediente para acompanhar o filho no médico, fazer exames preventivos ou resolver problemas pessoais, pois as pessoas trabalhavam para cumprir metas e não para cumprir horário.  Dessa forma os resultados não eram comprometidos. Os gestores transmitiam feedbacks transparentes e sinceros. A conquista dos resultados eram comemoradas e celebradas até mesmo com remunerações extras e não somente com “um tapinha nas costas”.

As férias podiam ser gozadas da forma que quisessem no período que quisessem, ou seja, por 30 dias corridos ou distribuídas ao longo do ano. Sempre alinhando as necessidades da empresa com as necessidades da família.

Além dos benefícios comuns como planos de saúde, participação nos lucros e previdência privada, havia uma creche dentro da empresa para que as mães ou os pais pudessem manter seus filhos recém-nascidos próximos a eles. Também era disponibilizada alimentação gratuita o dia inteiro. Além disso, a empresa incentivava e facilitava a compra de suas próprias ações, tornando cada funcionário realmente dono do negócio.

Os funcionários eram promovidos por meio de procedimentos claros e objetivos. Os diálogos eram muito transparentes. Dessa forma, cada um sabia exatamente como e porque alguém havia subido de cargo. Assim, o progresso dos colegas era valorizado e servia de inspiração. Todos se sentiam felizes e confortáveis sabendo que alguém capacitado estava atuando em um cargo que trará resultados positivos para todos na organização. Os salários eram compatíveis com as necessidades das pessoas e do cargo. 

Havia um centro de treinamento que oferecia cursos de capacitação.  Nele todos podiam se inscrever quando quisessem para o curso que quisessem. Do faxineiro ao diretor. Eles não eram oferecidos apenas a um grupo restrito de privilegiados. Inclusive os próprios funcionários eram incentivados a ministrar os cursos para os quais eram capacitados.

Os funcionários eram responsáveis, comprometidos e cumpriam a maioria das suas metas. Quando viam que não iriam conseguir cumpri-las, informavam ao gestor antecipadamente. Dessa forma ele lhes fornecia os recursos necessários para o seu cumprimento.  Não faziam fofocas, não sentiam inveja, não conspiravam contra a empresa.  Pelo contrário, eram gratos pela função que ocupavam. Possuíam um grande nível de autoconhecimento. Refletiam sobre seus papeis no mundo e na empresa. Os seus objetivos profissionais eram alinhados com seus objetivos pessoais.

Havia uma rotatividade saudável na hierarquia. Dessa forma ninguém ficava estagnado na mesma função, a menos que quisesse. Pelo contrário, as pessoas assumiam cada vez mais responsabilidades dentro da organização à medida que iam acumulando experiência.

Os chefes eram admirados pelos subordinados. Eram modelos de sucesso. Pessoas inteligentes que conheciam muito bem o funcionamento da empresa e do mercado. Também eram fábricas de novos talentos. Habilidosos no processo de treinar e desenvolver pessoas, ajudando-as a alcançarem excelentes resultados para a empresa e para suas próprias vidas.

Havia cumplicidade e parceria entre as diferentes áreas. Apesar dos conflitos naturais e saudáveis que havia entre elas, uma ajudava a outra a cumprir suas metas. Entendiam que o resultado de uma área contribuía para o resultado de toda a organização.  Cada funcionário colocava os interesses da empresa e do grupo acima dos seus próprios interesses, possibilitando a formação de equipes de alta performance. 

O ambiente de trabalho era seguro, limpo e organizado. As ferramentas de trabalho mais modernas eram oferecidas aos funcionários de forma a agregar valor e agilidade às tarefas. Os processos e os sistemas eram simples e úteis. Todos os compreendiam. Eles ajudavam a manter a excelência da organização.


Finalmente, as demissões eram entendidas como o fim de um processo de parceria em que a empresa e o funcionário contribuíram para o desenvolvimento de ambos. Se a empresa tivesse que despedir ela informava claramente os motivos da demissão e ajudava o funcionário a encontrar um novo emprego. Ela pagava uma consultoria para sua recolocação no mercado de trabalho. Da mesma forma, se o funcionário tivesse pedisse demissão, ele informava a empresa antecipadamente para que ela pudesse se preparar. Porém esse processo não era traumático, pois o funcionário indicava para o seu lugar quem ele treinou enquanto estava empregado.