A empresa perfeita era enxuta e
todos os funcionários sabiam exatamente qual era o seu papel dentro da
organização. Nela trabalhavam somente pessoas motivadas e qualificadas para
exercerem suas funções. O organograma era simples e funcional. Composto somente
das áreas estritamente necessárias para o seu funcionamento, era conhecido e
entendido por todos.
Os horários de entrada e de saída
eram flexíveis. Era permitido sair no meio do expediente para acompanhar o
filho no médico, fazer exames preventivos ou resolver problemas pessoais, pois as
pessoas trabalhavam para cumprir metas e não para cumprir horário. Dessa forma os resultados não eram comprometidos.
Os gestores transmitiam feedbacks transparentes e sinceros. A conquista dos resultados
eram comemoradas e celebradas até mesmo com remunerações extras e não somente
com “um tapinha nas costas”.
As férias podiam ser gozadas da
forma que quisessem no período que quisessem, ou seja, por 30 dias corridos ou
distribuídas ao longo do ano. Sempre alinhando as necessidades da empresa com
as necessidades da família.
Além dos benefícios comuns como
planos de saúde, participação nos lucros e previdência privada, havia uma
creche dentro da empresa para que as mães ou os pais pudessem manter seus filhos
recém-nascidos próximos a eles. Também era disponibilizada alimentação gratuita
o dia inteiro. Além disso, a empresa incentivava e facilitava a compra de suas
próprias ações, tornando cada funcionário realmente dono do negócio.
Os funcionários eram promovidos
por meio de procedimentos claros e objetivos. Os diálogos eram muito
transparentes. Dessa forma, cada um sabia exatamente como e porque alguém havia
subido de cargo. Assim, o progresso dos colegas era valorizado e servia de inspiração.
Todos se sentiam felizes e confortáveis sabendo que alguém capacitado estava atuando
em um cargo que trará resultados positivos para todos na organização. Os
salários eram compatíveis com as necessidades das pessoas e do cargo.
Havia um centro de treinamento que
oferecia cursos de capacitação. Nele todos
podiam se inscrever quando quisessem para o curso que quisessem. Do faxineiro
ao diretor. Eles não eram oferecidos apenas a um grupo restrito de privilegiados.
Inclusive os próprios funcionários eram incentivados a ministrar os cursos para
os quais eram capacitados.
Os funcionários eram responsáveis,
comprometidos e cumpriam a maioria das suas metas. Quando viam que não iriam
conseguir cumpri-las, informavam ao gestor antecipadamente. Dessa forma ele lhes
fornecia os recursos necessários para o seu cumprimento. Não faziam fofocas, não sentiam inveja, não
conspiravam contra a empresa. Pelo
contrário, eram gratos pela função que ocupavam. Possuíam um grande nível de autoconhecimento.
Refletiam sobre seus papeis no mundo e na empresa. Os seus objetivos profissionais
eram alinhados com seus objetivos pessoais.
Havia uma rotatividade saudável
na hierarquia. Dessa forma ninguém ficava estagnado na mesma função, a menos
que quisesse. Pelo contrário, as pessoas assumiam cada vez mais
responsabilidades dentro da organização à medida que iam acumulando
experiência.
Os chefes eram admirados pelos
subordinados. Eram modelos de sucesso. Pessoas inteligentes que conheciam muito
bem o funcionamento da empresa e do mercado. Também eram fábricas de novos
talentos. Habilidosos no processo de treinar e desenvolver pessoas, ajudando-as
a alcançarem excelentes resultados para a empresa e para suas próprias vidas.
Havia cumplicidade e parceria
entre as diferentes áreas. Apesar dos conflitos naturais e saudáveis que havia entre
elas, uma ajudava a outra a cumprir suas metas. Entendiam que o resultado de
uma área contribuía para o resultado de toda a organização. Cada funcionário colocava os interesses da
empresa e do grupo acima dos seus próprios interesses, possibilitando a
formação de equipes de alta performance.
O ambiente de trabalho era seguro,
limpo e organizado. As ferramentas de trabalho mais modernas eram oferecidas aos
funcionários de forma a agregar valor e agilidade às tarefas. Os processos e os
sistemas eram simples e úteis. Todos os compreendiam. Eles ajudavam a manter a
excelência da organização.
Finalmente, as demissões eram
entendidas como o fim de um processo de parceria em que a empresa e o funcionário
contribuíram para o desenvolvimento de ambos. Se a empresa tivesse que despedir
ela informava claramente os motivos da demissão e ajudava o funcionário a
encontrar um novo emprego. Ela pagava uma consultoria para sua recolocação no
mercado de trabalho. Da mesma forma, se o funcionário tivesse pedisse demissão,
ele informava a empresa antecipadamente para que ela pudesse se preparar. Porém
esse processo não era traumático, pois o funcionário indicava para o seu lugar
quem ele treinou enquanto estava empregado.
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